As minhas histórias não são melhores ou piores que qualquer outra, mas eu as conto. Minhas opiniões não são as mais acertadas ou as mais erradas, são apenas minhas e eu as exponho. Gosto tanto da sensação de compartilhar falando quanto gosto da sensação de compartilhar escrevendo.
Falo e vejo, pela reação das pessoas, o efeito que minhas palavras estão exercendo. Mostro vídeos e fotos e as pessoas entram ainda mais no clima das viagens. Leio pequenos extratos do meu primeiro livro e o público mergulha de vez na minha narrativa e, no momento que conto, também aprendo, pois vejo todos os fatos com os olhos do momento que os vivi e, servindo ao público, me sirvo dele e de suas reações para enfatizar e reinterpretar um fato ou outro. E quando escrevo tenho o prazer de dedilhar e analisar cada palavra que coloco no texto e poder sentir o efeito que o conjunto delas me causa e que espero poder causar em quem decidir ler meus textos, meus livros...
Não sou escritor, mas escrevo. Não tenho a facilidade de lidar com as palavras e com o texto como alguns amigos meus, jornalistas, tem, mas busco colocar o que sinto em cada uma delas, em cada texto, em cada apresentação. Não sou sociólogo ou psicólogo ou mesmo filósofo, mas tento analisar as coisas mais simples e óbvias do cotidiano, que muitas vezes nos passam despercebidas exatamente por serem do cotidiano, mas que não deixam de ser importantes.
Gosto da Palavra espremida, sentida, sussurrada, sugada, cheirada, gritada, exaurida, degustada, dita, bem dita, mal dita, atirada, jogada, lançada, deixada, escutada, abandonada, ouvida, falada, amada. Gosto da palavra e do efeito que ela me faz. Ponto.
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