sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem

Andando por aí, por aqui e por acolá, concluo que uma nação se faz de pessoas que enxergam o bem comum e não apenas a satisfação momentânea e a vantagem individual, que sabem o que é certo e o que é errado e optam pelo que é correto.

As grandes nações assim se tornaram porque seu povo enxergou que somente dessa forma conseguiriam ter um país equilibrado.

Quem não quer poder andar nas ruas e não ver miséria, pobreza, violência?

Precisamos nos envolver, sair dessa inércia onde esperamos os outros fazerem alguma coisa e criarmos um "corporativismo nacional” e não ficarmos defendendo esse ou aquele grupo porque é o mais próximo de nós.

Desenvolver um projeto de Estado, de Nação e não um projeto de poder.

Países europeus, após a destruição quase total da Segunda Guerra, se reergueram e atingiram a posição que tem hoje apenas porque seu povo enxergou isso e assim escolheram pessoas que demonstravam através do exemplo como o povo deveria se comportar e o povo cobrava de seus escolhidos os resultados e, nesse caminho, entraram em um ciclo virtuoso, onde os que não se comportam de maneira devida são expurgados.

Porque não podemos ser assim? Porque temos que usar o jeitinho pra resolver as coisas se, ao criarmos regras claras, podemos desenvolver uma sociedade mais justa? Porque buscamos tirar vantagens de uma posição, quando na verdade essa posição nos foi dada para, com o conhecimento que temos, podermos ajudar e contribuir com os que não tiveram as mesmas oportunidades? Qual a desculpa para esse tipo de comportamento?

Sabemos que a maioria de nós é ético e honesto, pois se assim não fosse já teríamos atingido o caos.

Mas então, porque nós, que somos a maioria do bem, não espalhamos esse “vírus” do bom comportamento, da ética, do bem estar coletivo e começamos a derrubar os que assim não se comportam e que devem ser tratados como párias de uma sociedade justa?

Cada vez que nos deparamos com uma situação que nos choca, que nos constrange, que nos faz questionar o comportamento humano é mais uma situação para alimentar nossa “ambição” de nos corrigir. Se cada um de nós mantiver um comportamento ético isso se espalhará de tal maneira que serviremos de exemplo - como vários de nós servem a seus filhos, família, comunidade - e fazer com que a ética, a honestidade e o bom comportamento sejam um fator para que aqueles que assim não se comportam se sintam alijados, se sintam párias, não só pela sociedade, mas até por sua própria família que ao tomar conhecimento de seu comportamento o isolam, o ignoram, o entregam...como esperamos e vemos acontecer algumas vezes em comunidades pobres onde um pai ou uma mãe entregam seu filho criminoso...

Muitas famílias que se consideram equilibradas e justas são também cúmplices de seus pais, tios, irmãos que desviam dinheiro, levam “caixinhas” por fora, tem um caixa dois... e dizem que não sabiam de nada....

Dizer que não sabia? Fazer vista grossa e nem se interessar de onde surge o dinheiro da família? É como um assassino dizer que não sabia que a arma podia matar. Dizer que desconhecia a lei e por isso podia roubar??

Não se interessar é a pior das decisões, a pior das posições, pois no fim quem sofre com essa escolha somos nós mesmos ao assistir os noticiários, ao andar nas ruas, ao levantar e ver o sol e respirar o mesmo ar que todos respiram.

Como você se sente hoje? Seja honesto, ético e tolerante e espalhe esse comportamento, em breve verá o quanto sua vida, o quanto a vida de todos pode melhorar.

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