Floripa, 18 de abril de 2008
Estou em Floripa mais uma vez. Depois de ter vivido aqui por três anos e meio, curtido as praias – nem todas, afinal são 42 e acabamos elegendo as que mais gostamos – curtido as baladas – na verdade ficava mais pelo “centrinho” da Lagoa da Conceição onde morava e onde estão concentrados a maioria dos bares e danceterias da cidade – curtido os restaurantes mais gostosos e escondidos, como um no Pântano do Sul, uma praia linda e tranqüila no sul da ilha que tem um restaurante famosíssimo mas que esconde um bem simples, caseiro e delicioso, do qual não consigo lembrar o nome, no cantinho esquerdo da praia e curtido também os que existem em Santo Antonio de Lisboa e ao lado em Sambaqui, ou ainda pegar uma “baleeira”, que nada mais é que uma pequena traineira ou “poc poc” como chamam no nordeste, por aproximadamente meia hora e cruzar a Lagoa da Conceição quase toda para comer no Cabral, ou passar uma tarde de inverno num dos cafés espalhados pela cidade, desfrutando de um bom papo com os amigos...enfim...soube aproveitar bem meu período por aqui, e agora voltei pra abrir minha exposição de fotos sobre a viagem no recém inaugurado Floripa Shopping.
Estou hospedado na casa/escritório de dois ex estagiários meus da época em que era Diretor Comercial da Macedo e como não tenho pressa de chegar aos lugares tenho tomado ônibus para me deslocar para a exposição, para as entrevistas na RBS e mesmo pra rever locais que adorava e visitar amigos.
Nessas idas e vindas da minha vida, nessa volta momentânea a Floripa, nesses reencontros fugazes com pessoas que foram muito importantes no período em que vivi aqui, pessoas que estavam presentes no meu dia a dia, que partilhavam vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, pessoas com quem passava o dia na praia em um bom jogo de frescobol, com quem desfrutava horas de conversa nos cafés do Postinho na Lagoa, com quem saia na noite ou simplesmente encontrava nas baladas, com quem me relacionei intimamente e me envolvi emocionalmente e que hoje fazem parte sim da minha vida ainda, mas de uma maneira mais distante, como pessoas que em algum momento compartilharam momentos dessa minha curta existência, entendo o quanto somos apenas passageiros por aqui. Nós e todos que passam em nossas vidas. Passageiros em dois sentidos: no sentido de estarmos passando e passageiros no sentido que não somos nós que controlamos.
Tentamos conduzir nossas vidas, fazemos planos, vislumbramos nossos objetivos, construímos um caminho, mas não somos nós que controlamos.
Tinha um objetivo, um plano, um desejo e de repente tudo mudou...afinal quem é o motorista? Eu mesmo? EU conduzo minha vida, por estradas que EU construo ou será que sou um mero passageiro nessa história toda, passando por experiências que me farão crescer e entender um pouco mais a razão dessa existência ?
Me responda: o que você acha que acontece ? Somos passageiros ou motoristas? Ou somos os dois, sendo que em determinados momentos um e em determinados momentos outro? Ou será que somos apenas trocadores, observando quem passa e nos deixando levar por um outro alguém que conduz?
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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3 comentários:
Eu acho que podemos ser os dois, em momentos distintos em nossas vidas.
Ah! Irei passar por aqui de vez em quando.
bjs
:)
Ah, quem me dera que eu (literalmente) pudesse estar andando por ai.
Muito bom seu espaço.
Saudações Florestais !
Adorei, passageiro, motorista ou trocador...
Acho que já fui as três coisas e continuo sendo.
A única coisa que não se deve fazer é ficar como mero espectador da vida
Em alguns momentos tomamos as rédeas outros apenas nos viramos com o que a vida nos apresenta, mas sempre vivendo cada momento, trocando de papeis, mas sem deixar de sentir tudo que essa “viagem” vida tem p mostrar
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