Taquaruçu, Tocantins, Novembro de 2008
Sabe quando você vai visitar um lugar e dele não espera nada? Claro isso é um pouco de preconceito, afinal Tocantins é no meio do Brasil e Taquaruçu no meio do Tocantins. Naturalmente depois de ter rodado o mundo, me enfurnado em lugares no interior do Tibet, da Índia, do Laos entre vários outros buracos em vários outros países, eu não deveria mais ter esse tipo de preconceito, percepção, expectativa ou qualquer que seja o nome que esse comportamento tenha.
Vim pra cá visitar uma grande amiga, que foi a responsável pela capa, por toda a estrutura gráfica, como também da escolha da gráfica onde meu livro foi impresso, sem contar também que em vários momentos durante a minha viagem foi a inspiradora de algumas discussões internas de alguns questionamentos que expus em alguns capítulos do livro.
Não esperava encontrar nada. Claro, sabia que haveria uma estrutura básica, com bares, restaurantes, ruas, casas, bla bla bla, mas fui surpreendido positivamente pelo nível de desenvolvimento urbano que a região, ao menos a que conheci, ao redor da capital apresenta. As estradas, as ruas, as avenidas, a organização urbana, a segurança, a tranqüilidade, a infra estrutura, tudo, mas tudo mesmo, lembra como deve ter sido os primórdios de Brasília.
Nos quatro dias que passei aqui, e pena que foram poucos, pois não houve tempo para visitar o deserto do Jalapão, conheci os recantos da cidade e no fim de semana subimos a “serra” e viemos curtir alguns momentos nesse canto que é Taquaruçu. Cidade pequena, mas aconchegante, gostosa de se estar, de se caminhar, sem o calor extremo e sufocante que temos em Palmas, e para selar a seqüência de surpresas na praça principal da cidade tem um espaço curtural, onde as pessoas podem se apresentar, ou praticar, ou ter aulas, ou.... e me deparei com uma sessão ou seria uma aula, de dança onde um professor dançarino que me parecia estrangeiro, dava aulas de expressão corporal ao vários e várias alunos(as) da cidade, onde eles se perdiam no espaço, se tocavam , se encontravam, rolavam, dançavam se mexiam, se entrelaçavam, interagiam. Foi uma grande surpresa, entender como mesmo em rincões perdidos e desconhecidos do país tem sim pessoas que se importam com a arte e que usam os espaços possíveis para praticá-la, para exercitá-la.
Foi mais uma quebra de paradigma, de preconceitos....vivendo e aprendendo.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário